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O Teste de Gordon

O psicólogo americano Gordon William Allport (1897-1967) é mais conhecido pela sua teoria da personalidade, que é uma das primeiras tentativas de explicar psicologicamente a personalidade humana, enfatizando cada individualidade e os aspectos positivos da nossa natureza que nos motivam a alcançar uma meta ou objetivos.

De acordo com Allport, uma boa maneira de analisar o caráter de um indivíduo específico é avaliar os seus valores morais. Neste sentido, ele aborda o presente e não a história pessoal, que era o foco da corrente psicanalítica que dominava a psicologia da época.

As suas contribuições são muito importantes para processos seletivos, sendo um dos seus testes mais utilizados o “teste de Gordon”. Este teste psicométrico permite avaliar permite avaliar uma pessoa através de 8 características importantes para o seu funcionamento diário, como por exemplo: Estabilidade emocional, sociabilidade, cautela, originalidade, relações pessoais, vigor, ascendência e responsabilidade.

O que é o teste de Gordon?

É um conjunto de avaliações psicológicas com dois instrumentos principais; o Perfil de Personalidade Gordon (PPG) e o Inventário de Personalidade Gordon (GPI), que avalia 9 aspectos diferentes da personalidade de uma pessoa de acordo com eventos da vida cotidiana.

O perfil e inventário consiste em 4 declarações descritivas chamadas “tétradas”. Cada um dos 4 traços de personalidade (no perfil ARES; no inventário do COPV) é representado por um agente de cada tétrada.

Perfil de Personalidade de Gordon (PPG)

O Perfil de Personalidade Gordon (GPP) permite a exploração dos quatro aspectos básicos da personalidade de uma pessoa, bem como o seu desenvolvimento e as suas reações sociais e diárias em frente a vários eventos.

Esses aspectos são: Ancestralidade, Responsabilidade, Estabilidade Emocional e Sociabilidade. Este grupo de atributos é conhecido como ARES, e a soma dos pontos de cada aspecto mostrará o nível de autoestima de cada indivíduo.

Ancestralidade (A): Pontuações altas refletem indivíduos verbalmente dominantes que participam ativamente num grupo, tendem a tomar decisões de forma independente e sentem-se seguros nas suas relações com os outros. Por outro lado, aqueles com um perfil básico dentro dos grupos, que tendem a ouvir mais do que falar, que têm pouca auto-confiança, não têm o entusiasmo de tomar iniciativas e dependem regularmente da opinião dos outros, costumam ter uma pontuação baixa neste aspecto.

Responsabilidade (R): Aqueles que conseguem perseverar no trabalho que lhes é atribuído, são resilientes e determinadas, bem como confiáveis, tendem a ter uma pontuação elevada nessa escala. As pessoas que não podem se limitar a tarefas desinteressantes e aquelas que são inconsistentes ou irresponsáveis quase sempre pontuam baixo.

Estabilidade Emocional (E): as pontuações altas nesta escala são geralmente obtidas por pessoas emocionalmente estáveis e relativamente livres de preocupações, ansiedade e tensão nervosa. Por outro lado, as pontuações baixas estão associadas a ansiedade excessiva, irritabilidade, neuroticismo e baixa tolerância à frustração. Pontuações muito baixas refletem frequentemente uma regulação emocional deficiente.

Sociabilidade (S): As pontuações altas são características das pessoas que gostam de trabalhar em grupo e são naturalmente sociáveis. As notas baixas refletem uma falta de sociabilidade, limitações gerais na interação social, e a tendência de evitar relações sociais autênticas.

Auto-estima (SE): A soma das pontuações nas quatro escalas do PPG fornece uma medida do nível de auto-estima do avaliado.

Inventário de Personalidade de Gordon (GPI)

Este teste avalia quatro qualidades presentes nos indivíduos, relacionados diretamente com a forma como reagem e se comportam na sua vida cotidiana.

As quatro dimensões presentes nesse inventário são: Cautela, originalidade, relações pessoais e vigor, denotado pela sigla COPV, de acordo com cada qualidade.

Na evalart temos um inventário de personalidade adequado para implementar nos processos de seleção.

Cautela (C): Pessoas muito cuidadosas que consideram muito uma situação antes de tomarem uma decisão e que são avessas ao risco tendem a pontuar alto nesta escala. Pessoas impulsivas, que agem sem pensar, tomam decisões precipitadas ou súbitas, amam assumir riscos, além de buscarem emoção, tendem a ter notas mais baixas.

Originalidade (O): As pessoas que acham importante trabalhar com problemas difíceis, são intelectualmente curiosas e gostam de perguntas e discussões que geram novas ideias, tendem a pontuar alto neste aspecto. Por outro lado, os avaliados com baixa pontuação não gostam de lidar com questões complexas ou difíceis e estão menos interessados em adquirir conhecimentos ou em questões ou discussões provocadoras de pensamento.

Relações pessoais (P): As pontuações altas refletem indivíduos que têm confiança nas pessoas, tolerância, paciência e compreensão. As notas baixas refletem uma falta de esperança ou de confiança nos outros, uma tendência para crítica, além de raiva e irritação com as ações alheias.

Vigor (V): Aqueles que pontuam alto nesta escala são enérgicos e dinâmicos, gostam de trabalhar e movimentar-se rapidamente, e podem alcançar mais do que a média das pessoas. As pontuações baixas foram associadas a baixos níveis de vigor ou energia, uma preferência por um ritmo mais lento, uma tendência para a fadiga, um desempenho e produtividade abaixo da média.

Como é aplicado o teste de personalidade de Gordon?

Este teste pode ser feito individualmente ou em grupo, mas cada pessoa deve sempre responder de acordo com as suas próprias regras e convicções.

Não há respostas erradas no teste de Gordon porque deve ser feito de acordo com a personalidade do indivíduo.

Os itens devem ser rotulados “Mais”, “Menos” ou não podem ser marcados de forma alguma. Cada unidade marcada com “Mais” recebe 2 pontos, e cada unidade marcada com “Menos” não recebe nenhum ponto; os itens não marcados recebem 1 ponto.

A pontuação máxima total para cada teste é de 36 PPG e 40 IPG.

Por fim, este tipo de teste nos auxilia a compreender cada indivíduo mais detalhadamente. Consquentemente, a sua aplicação no ambiente de trabalho é de grande relevância para ajudar a distribuir o talento humano nas áreas em que há um melhor desempenho, onde se sentem mais confortáveis e se encaixam melhor; detalhes que sem dúvida aumentarão a produtividade dentro de uma organização.

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Carlos Pimentel

Carlos Pimentel is an Account Executive at Evalart, with experience guiding companies in the use of psychometric, cognitive, and technical assessments. Through his work, he has supported organizations across different industries in leveraging the platform to improve the efficiency and quality of their recruitment processes. Find me on LinkedIn.

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